Outubro é o mês em que o mundo se une para aumentar a conscientização sobre o câncer de mama em mulheres. Quem ama os animais de estimação precisa saber que essa preocupação se estende a eles. Fica, então, o alerta: pets também desenvolvem câncer de mama!
Tanto cães quanto gatos podem ter a doença, mas ela ocorre com muito mais frequência em fêmeas. Dentre as não castradas, quase 50% das cadelas e 30% das gatas apresentam câncer de mama ao longo da vida.
Assim como em humanos, a prevenção e o diagnóstico precoce são as ferramentas mais poderosas contra esse tumor. Conheça algumas iniciativas preventivas para assegurar uma vida longa e saudável para o seu pet
A castração é um grande ato de amor
A castração é a melhor forma de prevenção. Converse com o médico veterinário de sua confiança sobre a indicação para a sua pet.
Entre os fatores de risco, está o uso de anticoncepcionais sem orientação veterinária. A idade também é importante. O câncer de mama é mais comum em cadelas não castradas a partir dos quatro anos, e em gatas não castradas a partir dos dois anos. As chances de ter a doença aumentam de forma acentuada a cada cio e a cada ano de vida.
Sinais de alerta
O câncer de mama apresenta altas chances de malignidade, ou seja, pode se espalhar para outras partes do corpo, em um processo chamado metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. Quando o tumor é identificado em sua fase inicial, antes de crescer ou invadir tecidos próximos, a probabilidade de cura aumenta significativamente. Além disso, o tratamento é menos agressivo, o que possibilita mais qualidade de vida.
O primeiro passo para o diagnóstico é a sua observação. Da mesma maneira que as mulheres fazem o autoexame, você, como tutor, deve apalpar todos os pares de mamas do seu pet. Verifique se há alguma dessas alterações e, em caso positivo, procure um médico- veterinário:
- Nódulos: são “caroços” ou massas de diferentes tamanhos. Também podem ser granulares (no formato de bolinhas que dão um aspecto de casca de laranja para a região)
- Inchaço: aumento de volume das mamas
- Secreções: saída de líquido (claro ou com sangue) pelos mamilos
Em fêmeas não castradas, a palpação deve ser feita mensalmente. Nas castradas, o tutor pode aumentar o intervalo para uma vez a cada seis meses.
Diagnóstico e tratamento
Um dos métodos de diagnóstico é a citologia: as células da região onde há a alteração são coletadas por meio de uma agulha fina (punção) e estudadas no microscópio. Também pode ser feita uma biópsia, que é a retirada de um pequeno fragmento de tecido. Os exames definem se o tumor é benigno (não se dissemina para outros locais do corpo) ou maligno. Para verificar se o tumor maligno se espalhou para outros órgãos, são feitos exames de imagem, como raio-x e ultrassom.
O principal tratamento é a cirurgia para a retirada do tumor. Se o câncer for de maior malignidade ou houver metástase, são recomendadas quimioterapia ou radioterapia. O veterinário oncologista vai definir as melhores abordagens, que são individualizadas e diferem de acordo com a espécie do pet.
Em outubro, lembre-se de proteger não só as mulheres da sua vida, mas também os pets com fatores de risco e propensão para manifestar a doença. Compartilhe este conteúdo com outros pais e mães de pets para que mais bichinhos de estimação sejam cuidados o quanto antes.