Você notou que seu cachorro ou gato está mais ranzinza ultimamente? Ou então, ele tem latido ou miado mais que o normal? Fique alerta! Esses comportamentos e sintomas como dificuldade para enxergar e pequenos tremores podem indicar doenças neurológicas, um grupo de condições que afeta o sistema nervoso dos pets e requer atenção especializada e imediata.
A rapidez no diagnóstico é crucial, pois o diagnóstico precoce pode interromper ou retardar a progressão da doença, além de reduzir a dor e o sofrimento do seu melhor amigo. Ele impacta na velocidade do tratamento, que é fator decisivo entre a melhor recuperação, com qualidade de vida, e o agravamento do quadro, com complicações adicionais.
O ideal é procurar o quanto antes especialistas em neurologia veterinária, área que exige conhecimento aprofundado. Um hospital veterinário de alta complexidade provê um atendimento completo, com equipe multidisciplinar formada por veterinários neurologistas, fisioterapeutas, enfermeiros, intensivistas e outros profissionais que trabalham de maneira integrada para garantir o tratamento ideal tanto em consultas de rotina, quanto em emergências e internações. Além disso, a sua infraestrutura apropriada e recursos tecnológicos de última geração proporcionam diagnósticos precisos e reabilitação avançada, assim como os mais adequados cuidados intensivos.
Quando suspeitar que seu pet tem uma doença neurológica?
O primeiro passo é se manter atento a qualquer mudança no comportamento para que você saiba quando suspeitar e procurar ajuda profissional. Conheça os sinais mais comuns, que podem variar e serem brandos ou nítidos.
Sinais evidentes:
● Convulsões (tremores, espasmos, perda de controle do corpo)
● Desorientação (andar em círculos, chocar-se contra móveis, entrar em cantos e não conseguir sair)
● Inclinação da cabeça
● Movimentos oculares anormais
● Incoordenação motora
● Fraqueza dos membros
Sinais sutis:
● Urinar ou defecar em locais inapropriados
● Dificuldade auditiva ou visual
● Trocar o dia pela noite
● Mudanças bruscas de humor (como se estivesse “rabugento”).
● Agressividade incontrolável
● Inquietação noturna
● Andar compulsivamente pela casa
● Vocalização excessiva
● Ficar parado com o olhar perdido
● Pequenos tremores
Principais doenças neurológicas em cães e gatos
Essas doenças diferem em intensidade e impacto na vida dos pets. As mais frequentes são:
● Epilepsia: caracterizada por crise convulsiva seguida de movimentos involuntários, perda de consciência e desorientação. O diagnóstico do especialista é fundamental para descobrir a causa de uma crise epiléptica, pois ela é somente um sintoma de algo que desordenou o funcionamento do sistema nervoso
● Hérnia de disco: ocorre quando um disco entre as vértebras se desloca ou se rompe, o que comprime a medula espinhal. Isso causa dor na coluna, dificuldade para andar, paralisia total ou parcial e perda de controle da bexiga
● Meningites: são um grupo de doenças autoimunes ou infecciosas que inflamam as meninges (membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal). Podem causar febre, dor cervical ou na coluna, rigidez, comportamento letárgico ou agitado, crises convulsivas, dificuldade locomotora e, dependendo da gravidade, até mesmo coma e óbito
● Tumores cerebrais: crescimento anormal de células do tecido nervoso que afeta a função cerebral
● Doenças degenerativas da medula espinhal: degeneração das células nervosas causa fraqueza e paralisia progressiva
● Doenças neuromusculares: afetam os músculos da face e dos membros. Podem causar fraqueza muscular, bem como relutância ou dificuldade intensa para se locomover. Outros sintomas são cansaço fácil, dificuldade para mastigar e/ou engolir e rouquidão (mudança do som do latido ou miado)
O diagnóstico e tratamento
Além de avaliação clínica realizada durante a consulta com o veterinário, o diagnóstico de doenças neurológicas envolve exames de imagem (radiografia, ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada), exames de sangue e, quando necessário, punção de líquor, eletroneuromiografia e análises laboratoriais mais específicas. O tratamento difere de acordo com a doença neurológica, e pode envolver medicações e cirurgias. A fisioterapia e outras terapias de reabilitação são fundamentais para aliviar a dor e controlar a inflamação, ajudando o pet a recuperar a mobilidade.
Lembre-se: o acompanhamento contínuo e o suporte emocional do tutor são tão importantes quanto o tratamento em si para o sucesso da recuperação.
Preste sempre atenção aos sinais e sintomas para que, no caso de diagnóstico de doenças neurológicas, seu amigo de quatro patas tenha um tratamento mais bem-sucedido e uma vida mais saudável.